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ARTE MOCAMBICANA: Pintura, Arquitetura e Escultura



1. Introdução
O presente trabalho com tema “Arte moçambicana”obedecera a seguinte sequência: Arte (definição); Arte Moçambicana; pintura, arquitectura, escultura seguida da conclusão e bibliografia.
De referir que, ao longo da história da humanidade, sucederam-se vários estilos artísticos e, a acompanhar, várias teorias procuram explicar o significado e a finalidade da arte ao longo de séculos, as técnicas e os materiais de produção artística predominantes em cada época histórica.
Sendo assim, podemos definir que Arte é a expressão do Homem através de diferentes manifestações que representam ou interpretam um determinado fenómeno ou situações reais, ou imaginarias, que incidem na sensibilidade humana.


  2. Objectivos
2.1. Geral:
Conhecer a realidade das artes moçambicanas e estudar as artes moçambicanas.

2.2. Específicos
  • Identificar a arte praticada na área rural e urbana de Moçambique;
  •  Caracterizar as obras e os respectivos autores moçambicanos;
  • Demonstrar através de imagens as varias características artísticas
  •  Sistematização e compilação as informações recolhidas das artes.    
 3. Arte    
Ao longo da história da humanidade, sucederam-se vários estilos artísticos e, a acompanhar, várias teorias procuram explicar o significado e a finalidade da arte ao longo de séculos, as técnicas e os materiais de produção artística predominantes em cada época histórica.
Sendo assim, podemos concluir que Arte é a expressão do Homem através de diferentes manifestações que representam ou interpretam um determinado fenómeno ou situações reais, ou imagin­­árias, que incidem na sensibilidade humana.

 3.1. Arte Rupestre




Arte rupestre, pintura rupestre ou ainda gravura rupestre, são termos dados às mais antigas representações artísticas conhecidas, as mais antigas datadas do período Paleolítico Superior (40.000 a.C.) gravadas em abrigos ou cavernas, em suas paredes e tetos rochosos, ou também em superfícies rochosas ao ar livre, mas em lugares protegidos, normalmente datando de épocas pré-históricas.
                                        
3.2. Arte Moçambicana
A necessidade de sobrevivência levou o homem a usar a inteligência e as suas mãos para transformar a natureza, criando instrumentos de trabalho, utensílios domésticos, armas e posteriormente criou instrumentos de dança ritual, mascaras, esculturas e outras [pecas que eram usadas na evocação dos deuses.
Actualmente existe pouca literatura acerca da história da arte moçambicana, apesar da sua vastidão e riqueza, sendo de destacar as obras que têm, ao longo dos anos, o património artístico nacional, assim sendo, a pintura, a escultura, a cerâmica e a cestaria são algumas das manifestações artísticas que integram o universo cultural moçambicano.
Algumas contribuições que cada um de nós pode dar ao nível do património podem ser Acções de sensibilização sobre o valor do património, ajudando a identificar elementos do nosso património ainda desconhecidos participando na sua inventariação e em acções de restauro e conservação.
Nos últimos tempos, a actuação do Homem, com o aumento do número de indústrias, o aparecimento de meios de transporte motorizados e a guerra, tem vindo a afectar e a provocar alterações ou até mesmo a destruir este legado, pondo, desta forma, em perigo o património. 

3.2.1. Percurso de alguns artistas moçambicanos
O colonialismo continuava a procurar adaptar-se aos novos tempos. O pensamento imperial cedeu lugar à Nação pluricontinental e multirracial. Com o objectivo de materializar esta política e de alargar a base social de apoio, alguns colonizados, vivendo e trabalhando nas cidades e exercendo as profissões que o colonialismo lhes destinava, foram encorajados pelo governo colonial a receber lições de arte, a aprender técnicas europeias, a tornar-se artistas. Jacob Estevão, Elias Estêvão (1937-1960), Vasco Campira (n.1933), Agostinho Mutemba tiveram aulas com Frederico Ayres, um pintor naturalista que se destacou na pintura de paisagem e na pintura de história. Realizaram exposições em Moçambique e na metrópole, para dar visibilidade à acção civilizadora’ exercida, mas o seu trabalho não foi nunca apreciado de forma independente. Olhados como derivativos e imitativos foi-lhes negada a possibilidade de explorarem individualmente esta experiência. É de notar a influência que exerceram junto de jovens do seu tempo para quem o seu exemplo foi decisivo na escolha que, alguns, mais tarde fizeram embora tenham sido muito poucos os que seguiram o seu género de pintura. Jacob Estêvão (1933-2008) é quem melhor representa o que acabamos de referir. Agostinho Mutemba (n. 1937), menos mediatizado, foi capaz de estabelecer uma relação diferente com o contexto cultural envolvente e prossegue calmamente, ainda hoje, um estilo próprio que tem apreciadores e seguidores. O seu trabalho, embora escapando a esta percepção dominante, não escapa à associação com a ideia de uma África que se mantém ‘no passado’.
Malangatana (1936-2011), um outro jovem colonizado que ambicionava ser artista, começou a desenhar e a pintar nesta mesma época. Preferiu, como me disse, ter lições de arte no Núcleo de Arte onde ensinava João Ayres, um artista moderno que apreciava, e onde se encontravam pessoas que admirava. Pouco depois, no Núcleo de Arte, conheceu Pancho Guedes. Foi um encontro que mudou a sua vida e sobre o qual já muito se escreveu. Malangatana abandonará algum tempo depois o Núcleo de Arte, por conselho do arquitecto, para encontrar um caminho tanto quanto possível livre de influências e a sua carreira seguiu, fruto do seu esforço pessoal e de condicionalismos históricos, um rumo completamente diferente nos anos seguintes. A sua primeira exposição individual aconteceu em 1961. O seu nome passou a ser associado a uma expressão moderna ‘puramente’ africana. Foi considerado ‘um dos primeiros pintores de África’, ‘um pintor natural, autêntico, verdadeiro e sincero’, um pintor em cujo trabalho ‘a composição e a harmonia de cores aconteciam tão naturalmente como as histórias e as visões’. Malangatana estava interessado em ‘mostrar as coisas dos antigos pois era possível ser civilizado sem deixar o que era seu/nosso’.
Na mesma época, um outro jovem, Abdias (n.1940), pintor de automóveis durante o dia, à noite estudante na Escola Industrial, tinha a mesma ambição que Malangatana. Tal como ele expressava-se livremente sobre as suas experiências de vida e sobre a situação que se vivia em Moçambique. Pancho Guedes seleccionou trabalhos dos dois (e de outros três jovens, Mitine Macie, Augusto Naftal e Alberto Mati) para a exposição de arte africana contemporânea integrada no Congresso Internacional de Cultura Africana realizado em Salisbury (actual Harare no Zimbabwe), na então Rodésia do Sul, em 1962.
Ntaluma: nasceu em Nanhagaia, na província de Cabo Delgado. Em 1992 criou, em Maputo, juntamente com um grupo de amigos, a “Favana Grupo de Escultores Makondes”. Começa, em 1994, a ensinar a sua arte e, hoje, a sua reputação espalha-se já pelos quatro cantos do globo.
Silva Dunduro: é outro dos grandes pintores de Moçambique, que se detém a retratar os marginalizados como deficientes, velhos, prostitutas, etc. os seus quadros, de cores vibrantes e de formas vigorosas, reflectem a sua preocupação com a sociedade moçambicana.


4. Pintura
A pintura é a representação que resulta da aplicação de tinta numa superfície. A realização da pintura requer sempre a presença de um suporte de tinta e, se possível, de fixador. Todo o trabalho de pintura caracteriza-se pela presença de cor.
O conceito de pintura vai sendo aperfeiçoado a medida que os tempos passam e de acordo com os ideais. Inicialmente, a pintura estava relacionada com a aplicação ou uso de pigmentos em forma liquida a uma superfície de modo a colori-la. Com o desenvolvimento tecnológico permitiu a elaboração de obras de pintura no computador, sem no entanto recorrer o uso de pigmento em forma líquida.
Ao longo dos tempos, a pintura à óleo algumas das mais importantes obras de pintura, a mesma que também é usada por muitos pintores moçambicanos.
Toda pintura é formada por um meio líquido, chamado médium ou aglutinante, que tem o poder de fixar os pigmentos (meio sólido e indivisível) sobre um suporte.
A escolha dos materiais e técnica adequadas está directamente ligada ao resultado desejado para o trabalho e como se pretende que ele seja entendido. Desta forma, a análise de qualquer obra artística passa pela identificação do suporte e da técnica utilizadas.

A pintura em Moçambique passou por várias fases, das quais mencionamos:
a)      Fase pré-histórica (pinturas rupestres em vários pontos do país):
  •  Pintura rupestre em Manica;
  • Conjunto pictográfico rupestre da serra de Chicolone e Chifumbazi;
  • Os de Riane na província de Nampula.
b)   Fase colonial (anterior a independência): vários artistas abordavam assuntos relacionados com a emergência de uma consciência nacional, como é o caso da pintura de grandes representantes como Malangatana, Chichorro e outros.
c)  Fase da independência: criou-se grandes retratos e murais abordando o contexto social e político. Neste momento surgiram muitos artistas pintando paredes com expressões revolucionárias que estavam espalhadas por todas as paredes, nos locais públicos.
Um dos maiores pintores da época contemporânea é Malangatana Valente Guenha, que alem de pintor, cantava, dançava, escrevia poemas, participava nas pecas teatrais, trabalhava com a cerâmica, a escultura entre outras actividades, passando assim a ser considerado o embondeiro das Artes plásticas de Moçambique.

4.1. Região de Moçambique
A pintura como obra de arte, em Moçambique, é relativamente nova em relação a escultura, pois esta durante muito tempo esteve ligada à pintura corporal, isto é, tinha como suporte ou superfície o corpo humano. As pessoas pintavam o seu corpo com fins rituais ou estéticos - basta lembrar o rosto pintado de mussiro – e assim se representava a pintura que podia incluir todo o corpo.
A pintura como obra de arte começa a enraizar-se em Moçambique de forma pronunciada a partir do século XX, com a imigração de alguns pintores ou descendentes de colonos vindo da Europa (Portugal) ou Ásia (India Portuguesa-Goa), mas é com fundação do Núcleo de Arte da antiga Lourenço Marques, atual Maputo, que se vai popularizar esta arte, chegando a ganhar mais destaque com a entrada de pintores como Malangatana Ngwenya, Jacob e outros.


5. Arquitectura Moçambicana
Arquitectura é antes de mais nada construção, mas, construção concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e visando a determinada intenção. Ou, arquitectura é uma actividade que esta virada para a criação de espaços onde o Homem pode realizar as suas actividades em condições ambientais e visuais adequadas.
A arquitectura é arte porque usa edifícios para transmitir sensações estéticas para além do carácter utilitário que esta desempenha na nossa vida.
Como em qualquer forma visual, a forma arquitectónica é composta por:
  • Superfície, estruturas, textura, cor, materiais, massa que contribuem para marcar e caracterizar um lugar, uma rua, um jardim, uma cidade. A presença da forma arquitectónica num determinado espaço conduz o nosso olhar, procurando percepcionar e sentir o espaço.
Em Moçambique o urbano e o rural são dois países com evoluções próprias, paralelas ou confluentes, mas ainda muito distantes (ou mesmo em distanciamento progressivo...) em termos da expressão de formas diversas de habitar. O camponês, herdeiro das tradições técnicas ancestrais que lhe permitem viver em equilíbrio com o meio ambiente, vai, paulatinamente, integrando nos seus saberes e necessidades outras exigências e outras possibilidades. Mas está ainda longe das mutações culturais que, um dia, o farão urbanizado.

5.1. Arquitectura Tradicional ou Rural Moçambicana
5.1.1. Características da arquitectura tradicional ou popular moçambicana
A arquitectura tradicional ou popular é de estrutura simples, de material natural geralmente existentes nas comunidades rurais.
O conhecimento técnico desta arte obedece os princípios culturais de formação dos seus construtores baseados na transmissão de geração em geração, o que as habilidades e capacidades para construções, são transmitidos de avo para o pai, para filho até às gerações posteriores.
A arquitectura tradicional moçambicana existe ao longo do território nacional de modo particular no campo, por outras palavras, podemos afirmar que esta arquitectura é tipicamente campestre pôs com o desenvolvimento industrial as matérias naturais (palha, capim, barro, madeira, etc) anteriormente usados, foram sendo substituídos pelas matérias industrialmente produzidas (cimento, azulejos, tijolos, chapas de zinco, etc.) dando lugar ao surgimento das cidades no nosso país.
Esta arquitectura possui várias características das quais se destacam as seguintes:
  •  Planta circular de cobertura cónica;

Fonte: Autor (Alberto F. Traquinho)
  •  Planta quadrangular de cobertura piramidal a quatro águas.


Fonte: Autor (Alberto F. Traquinho)
  • Planta rectangular com cobertura a uma ou duas águas.

Fonte: Autor (Alberto F. Traquinho)
A técnica de construção usada e mais conhecida é a técnica tradicional mas podemos também chamar a técnica de pau-a-pique, aquela que implica uma construção à base de material natural (bambu) ou varas entrecruzadas, posteriormente “maticadas” o que significa cobertas de barro ou com arreia, para se compor as paredes da casa.

5.2. Arquitectura urbana e suas características

Fonte: Autor (Alberto F. Traquinho)
Arquitectura Urbana caracteriza-se por integrar áreas   tradicionais  da Arquitectura, mas  de uma forma geral não praticada em conjunto: Planejamento, Avaliação e Controle, Gestão Pública, Desenho Urbano, Transporte, Geotécnica, Saneamento e Meio Ambiente,  procurando acompanhar o avanço tecnológico e incorporando novas técnicas e procedimentos operacionais de Planejamento, Concepção e Produção, ao controle da qualidade ambiental das cidades e territórios, no Máximo possível usando a sinergia da dinâmica do desenvolvimento na produção e registo da cidade, apoiando e se beneficiando da economia de mercado para a produção da infra-estrutura      social.

Em nossa forma de actuação, procura mos desenvolver e criar opções criativas, não convencionais, aos conceitos de cada empreendimento s públicos ou privados em seu aspecto institucional e técnico, normalmente com soluções inovadoras. Em significativas oportunidades, nossa participação se iniciou no apoio ao cliente, na procura de soluções alternativas a estudos e projectos, muitos dos quais, em fase adiantada de desenvolvimento, quando por nossa analise e sugestões , trocou-se de partido para um mais interessante e a custos menores, obtendo melhor retorno social e económico.
 

6. Escultura
Escultura Ntaluma
 
             
Fonte: http://www.google.co.mz/imgres?q=escultura+mocambicana&sa=X&biw=1366bih
Escultura é uma expressão artística que se fundamenta na criação de objectos tridimensionais. Alargando o campo estético da pintura, que tem um carácter eminentemente visual (embora, durante a última centúria tenha conhecido notável incremento das dimensões sensoriais), a escultura adiciona a percepção táctil e as sensações de matéria, volume, peso e espaço. Estas características permitem aproximá-la da arquitectura, verificando-se que em muitas culturas era corrente a associação de esculturas com as estruturas arquitectónicas.
A escultura tradicional pode classificar-se de exenta (quando tem a forma de estátua de vulto redondo) e de relevo (adossada a um plano de suporte) - neste caso com as subclassificações de baixo-relevo    ou   alto-relevo.
Pode elaborar-se aplicando vários processos.
  • Entalhe também designado por cinzelado, um processo subtractivo que se baseia na eliminação de matéria a um bloco de maneira a obter-se a forma pretendida.
  • Michelangelo constitui um dos expoentes máximos desta técnica de trabalho.
Embora seja mais frequente o uso de pedra, nomeadamente do mármore, é também possível o emprego de madeira ou de outros materiais mais raros, como o marfim. Tanto as esculturas em madeira como as de pedra são muitas vezes policromadas.
  • o modelado, feito com materiais brandos como cera ou argila. Devido à fragilidade do resultado, o modelado usa-se sobretudo para esbocetos e estudos preliminares ou ainda como base de criação de moldes para estátuas executadas  com        metais    fundidos.
A fundição de esculturas, com utilização de moldes remonta à pré-história.

6.1. Escultura Maconde
É um tipo de arte escultórica surgido na província de Cabo Delgado, em Moçambique, que ao longo dos tempos se estendeu por todo o território nacional.
Esta cultura revela grande domínio da técnica do trabalho em madeira mas também grande poder de criação artística, representando animais e seres humanos, normalmente em actividades do dia-a-dia da sociedade.
Em muitas das suas criações, embora procurando partida configuração de tronco de arvore, compõe outras formas fazendo a combinação de cores da parte interna e externa do tronco escolhido.
Na escultura maconde existe dois estilos mais usados, que são:
  •  Shetani: aquela que apresenta figuras fantásticas ou do mundo imaginário.

  • Ujamaa: aquela que apresenta esculturas com rigor técnico de representação anatómica, isto é, respeita as formas naturais para representar os seres humanos, assim como os seres animais.


7. Conclusão
Este trabalho é resultado uma investigação profunda realizada pelo grupo.
O grupo concluiu que a abordagem deste tema ajuda aos estudantes, na interacção com o arte no sentido real e favorece o desenvolvimento de capacidades e habilidades dos mesmos.
Com este trabalho pretendemos que todos os estudantes se sinta mais aptos para abrir ou posicionar sua visão artística.
Deste modo, está aberto o espaço de sugestões e criticas para o seu melhoramento.


8. Bibliografia
Obras:
JAMISSE, Elídio Gabriel & ZIMBICO, Octávio José. Educação Visual Para Todos. 8ª Classe. 1ª Ed, DINAME. 2009.
MANJATE, Ranjel et al. EV11 – Educaçao visual 11a classe. Textos editores.2010.pp.(4-23.)

Internet:


   
       
   


    



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